Encontro maravilhoso dos Argonautas com a Mônica Salmaso. De todas as músicas do repertório para o show no Teatro RioMar Fortaleza, em 2018, essa foi talvez a única que eu sugeri. Ela adorou. Disse que nunca tinha cantado Biscate antes.
Composta por Chico Buarque e cantada por ele e Gal Costa no disco Paratodos, de 1993, essa música é um achado. Pra mim é um exemplo fantástico de contraponto na música popular. Porque no final as duas melodias - ele e ela - se juntam e dá bem certinho.
Eu nunca tinha cantado em pé. Mas faz sentido. Como disse o Nílbio, é um ato de gentileza se levantar para a dama das damas.
Mônica Salmaso - voz e percussão
Rafael Torres - voz
Ayrton Pessoa - violão
Ednar Pinho - baixo
Igor Ribeiro - bateria
Biscate
(Chico Buarque)
Vivo de biscate e queres que eu te sustente Se eu ganhar algum vendendo mate Dou-te uns badulaques de repente Andas de pareô, eu sigo inadimplente
Chamo você pra sambar Levo você pra benzer Fui pegar uma cor na praia E só faltou me bater, é Basta ver um rabo de saia Pro bobo se derreter
Vives na gandaia e esperas que eu te respeite Quem que te mandou tomar conhaque Com o tíquete que te dei pro leite Quieta que eu quero ouvir Flamengo e River Plate
Faço lelê de fubá Faço pitu no dendê Sirvo seu pitéu na cama E nada dele comer, ai Telefone, é voz de dama Se penteia pra atender
Vamos ao cinema, baby Vamos nos mandar daqui Vamos nos casar na igreja Chega de barraco Chega de piti
Vamos pra Bahia, dengo Vamos ver o sol nascer Vamos sair na bateria Deixe de chilique Deixe de siricotico